funcionamento do motor diesel |
1. Principio geral O motor a diesel ¨¦ um motor de combustão interna, os seus principais ¨®rgãos mecânicos são id¨ºnticos aos de um motor a gasolina (designado por motor de explosão) e os seus ciclos de funcionamento são normalmente a quatro tempos. A grande diferença reside na forma como ¨¦ provocada a "explosão", pois num motor a gasolina a mistura necessita de uma fa¨ªsca, enquanto que num motor a diesel a inflamação ¨¦ provocada pelo aquecimento do ar sob o efeito da compressão. Num motor a gasolina a relação volum¨¦trica ¨¦ da ordem de 9 para 1 enquanto que num diesel esta pode ser na ordem de 20 para 1. Uma tal taxa de compressão leva a que a temperatura do ar dentro dos cilindros atinja elevadas temperaturas da ordem dos 500ºC a 600ºC . É a esta temperatura que o gas¨®leo se inflama espontaneamente em contacto com o ar, não havendo necessidade de fa¨ªsca. Num motor a gasolina a composição da mistura admitida pode variar em função da abertura da borboleta enquanto que num determinado regime o motor a diesel aspira sempre a mesma massa de ar. Fases ou tempos de funcionamento (ciclo de motor a quatro tempos) 1º tempo ¨C Admissão É efectuada a admissão do ar para o interior da câmara de combustão, atrav¨¦s da respectiva v¨¢lvula que se encontra aberta. O ¨ºmbolo est¨¢ em fase descendente. Nota: Nos motores a gasolina ¨¦ efectuada a admissão de uma mistura de ar e gasolina. 2º tempo ¨C Compressão É efectuada a compressão do ar no interior da câmara pelo ¨ºmbolo em ascensão, estando todas as v¨¢lvulas fechadas. No final deste tempo ¨¦ efectuada a introdução/pulverização do gas¨®leo atrav¨¦s dos injectores. Nota: No final do tempo salta a fa¨ªsca nos p¨®los da vela no caso dos motores a gasolina. 3º tempo ¨C Combustão e expansão O combust¨ªvel inflama-se em contacto com o ar comprimido e quente o que empurra o ¨ºmbolo para baixo. A inflamação inicia-se momentos antes de o ¨ºmbolo chegar ao ponto morto superior. Nota: A gasolina explode. 4º tempo ¨C Escape A v¨¢lvula de escape abre permitindo a sa¨ªda dos gases queimados empurrados pelo ¨ºmbolo no seu movimento ascendente ap¨®s atingir o ponto morto inferior. O combust¨ªvel não ¨¦ injectado directamente na câmara de combustão principal. É inicialmente introduzido numa pequena câmara de turbul¨ºncia (ou de pr¨¦-combustão) em espiral por forma a facilitar a mistura com o ar e obter um bom rendimento. Esta ¨¦ a forma mais tradicional e simples de criar uma turbul¨ºncia que assegure uma mistura adequada com o ar j¨¢ muito comprimido na câmara de combustão. 3. Injecção directa Estes motores não possuem câmara de turbul¨ºncia, o gas¨®leo ¨¦ injectado directamente na câmara de combustão. Estas t¨ºm uma concepção adequada por forma a que seja gerada a turbul¨ºncia necess¨¢ria. 4. Common Rail É um sistema de injecção que permite, com uma bomba controlada electronicamente, injectar o combust¨ªvel a uma pressão superior atrav¨¦s dos injectores obtendo-se uma pulverização muito fina directamente dentro da câmara de combustão melhorando a efic¨¢cia, reduzindo-se o consumo e as emissões de poluentes. Para facilitar o arranque a frio elevando a temperatura da câmara e do ar admitido, os motores diesel tem habitualmente velas de incandesc¨ºncia. Estas são semelhantes a velas de fa¨ªsca, mas são compostas por uma resist¨ºncia que aquece rapidamente sob tensão. 6. Controlo do motor O regime do motor diesel ¨¦ unicamente controlado pela quantidade de carburante que ¨¦ pulverizado para dentro da câmara de combustão, sendo isto regulado pelo pedal do acelerador. Quanto maior for esta quantidade de combust¨ªvel maior força ser¨¢ produzida. A interrupção do fornecimento de combust¨ªvel d¨¢-se quando se corta a corrente que alimenta o sistema que fornece a bomba injectora. 7. Arranque do motor Os motores a diesel são lançados por um motor el¨¦ctrico chamado de arranque. A frio estes motores são dif¨ªceis de arrancar devido ¨¤s elevadas taxas de compressão, ¨¤ necessidade de existir ar dentro dos cilindros a uma temperatura elevada para a inflamação expontânea do gas¨®leo. Os turbos são dispositivos usados com frequ¨ºncia nas motorizações autom¨®veis, com particular relevância na tecnologia Diesel, são sistemas relativamente simples que comprimem o ar a introduzir na câmara de combustão. Uma das formas de aumentar a pot¨ºncia ¨¦ aumentar a quantidade de ar e combust¨ªvel dispon¨ªvel para queimar. Existem v¨¢rias maneiras de o conseguir quer seja aumentando o numero de cilindros quer seja aumentando o seu tamanho. A mais f¨¢cil ¨¦ no entanto a utilização de um compressor ou turbocompressor de ar, dispositivo simples e pequeno. A maioria dos turbos utilizados são accionados de duas formas distintas. Existem v¨¢rios tipos de equipamentos accionados normalmente pelos gases de escape do motor (ex. turbocompressor) e pelo pr¨®prio motor atrav¨¦s de uma correia (ex: compressor volum¨¦trico). 8.1 Funcionamento 8.2 Lubrificação 8.3 Intercooler Os sistemas mais comuns nos motores de autom¨®veis são os que utilizam uma corrente de l¨ªquido em circulação. Este elemento ao circular pelas camisas de ¨¢gua que envolvem as câmaras de explosão e os cilindros do motor absorve parte do calor gerado pelo funcionamento do motor. O liquido de refrigeração em circulação transporta este calor para o radiador onde por sua vez se transmite para o ar atmosf¨¦rico. O sentido de circulação ¨¦ efectuado de baixo para cima no motor, sendo depois transportado por um tubo, tamb¨¦m para a parte superior do radiador, passando depois pelo seu interior, onde arrefece, at¨¦ ao tubo inferior que o transporta novamente para o motor. Esta circulação pode ser provocada por sistema de termo-sifão em que ¨¦ a diferença de densidades existente entre a ¨¢gua fria e quente que o faz circular ou mais habitualmente por um sistema que utiliza uma bomba centr¨ªfuga, colocada no tubo inferior junto do motor. Este ultimo sistema ¨¦ accionado atrav¨¦s de uma correia ligada ao motor e tem a vantagem de permitir uma circulação mais activa e desde o in¨ªcio de funcionamento. 9.1 L¨ªquido refrigerante 9.2 Radiador 9.3 Term¨®stato Todas as partes do motor que trabalhem em contacto umas com as outras estão sujeitas a resist¨ºncias e atritos que devem ser minimizados por forma a prolongar a sua duração e a economizar força motriz. Este efeito ¨¦ conseguido atrav¨¦s da interposição, entre as superf¨ªcies de uma fina camada de uma substância permitindo que estas escorreguem uma sobre a outra sem que exista contacto directo. Esta substância l¨ªquida ¨¦ designada por lubrificante e tem ainda as funções de dissolver impurezas e neutralizar ¨¢cidos resultantes da combustão, vedar, arrefecer, proteger contra a corrosão e amortecer o ru¨ªdo. 10.1 Lubrificação do motor por bomba 10.2 Man¨®metro do ¨®leo 10.3 Filtro de ¨®leo |